domingo, 11 de fevereiro de 2018

Nota de Esclarecimento aos técnicos agrícolas e técnicos industriais


“Quando eu era criança, falava como criança, pensava como criança, raciocinava como criança, desde que me tornei homem, eliminei as coisas de crianças”

        Prezados companheiros,
           
           
Nos últimos dias tenho sido questionado por algumas lideranças que militam tanto no Movimento dos Técnicos Agrícolas quanto dos Técnicos Industriais, sobre um artigo de minha autoria “ATABRASIL: de onde vêm, para onde vaí” de agosto de 2009 publicado no blog do Sindicato dos Técnicos Agrícolas do Estado do Rio Grande do Norte (SINTARN)1.
            Assim, após refletir sobre o que foi escrito resolvi trazer aos leitores alguns fatos sobre esta contenda:

1.      Tão longo ingressei no mundo do trabalho em abril de 2004 me engajei junto com outros valorosos colegas agricolinos na refundação da Associação dos Técnicos Agrícolas do Estado do Rio Grande do Norte (ATARN) e na fundação do Sindicato dos Técnicos Agrícolas do Estado do Rio Grande do Norte (SINTARN);

2.      Nos primeiros dias de caminhada não tínhamos contato com a velha guarda que dirigiu a ATARN na década de 1980, mas um colega da Escola Agrícola de Jundiaí nos recomendou fazer contato com um técnico agrícola potiguar que estava diretor do Sindicato dos Técnicos Agrícolas do Paraná (SINTEA-PR);

3.      Ao contatar o SINTEA-PR de imediato nos encaminharam para conversar com a Federação Nacional dos Técnicos Agrícolas (FENATA) que logo se interessou pelo nosso projeto e onde permanecemos militando até 2013;

4.      Naqueles anos iniciais militando no interior da FENATA não sabíamos dos conflitos que existiam desde o início da década com o Sindicato de nossa categoria profissional no Rio Grande do Sul (SINTARGS), ou de outros mais antigos como com as instituições em São Paulo e Minas Gerais que levou-os ao afastamento da Federação;

5.      Em 2005 durante o II Congresso Nacional dos Técnicos Agrícolas promovido pela FENATA, em Foz do Iguaçu-PR, fiz contato com alguns colegas do SINTARGS, mas logo um dirigente da FENATA nos solicitou cessar qualquer tratativa com aqueles agricolinos gaúchos;

6.      No mesmo ano do referido congresso enquanto dirigente do SINTARN, planejamos algumas parcerias com o Sindicato dos Técnicos Industriais do Rio Grande do Norte (SINTEC-RN), mas novamente fomos orientados pela FENATA a romper todas as relações;

7.      Desta forma fomos instruídos ao longo dos anos que era preciso manter-se longe da Federação Nacional dos Técnicos Industriais (FENTEC) e da Associação dos Técnicos Agrícolas do Brasil (ATABRASIL), pois as duas entidades atuavam sempre na órbita do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia e dos Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia (Sistema CONFEA/CREA);

8.      Neste sentido o artigo de minha autoria publicado em 2009 segue na esteira de tudo que ouvíamos nos encontros da FENATA e do respeito que tínhamos por alguns de seus líderes cujas palavras ressoavam aos nossos ouvidos quase como uma verdade irrefutável;

9.      Hoje penso que a oposição da FENATA aos projetos empreendidos no parlamento pela ATABRASIL e pela FENTEC, como o do piso salarial e do Conselho Próprio, não são condenados por eles na essência, mas pelo simples fato da outrora gloriosa Federação não ter mais protagonismo para atuar em defesa da categoria;

10.  Assim, fomos de forma lenta e gradual percebendo que as atitudes de alguns líderes da FENATA não correspondiam as aspirações coletivas, mas eram fruto de algumas lideranças e seus auxiliares que embora não tenham mais a base junto de si, continuam atuando com táticas que atrapalham os projetos dos técnicos;

11.  Desta feita desde 2013 rompi com a FENATA e ano seguinte decidimos junto com colegas de outros Sindicatos que romperam com a Federação nos organizarmos na ATABRASIL, que junto a FENTEC lutam hoje pelo grande anseio dos técnicos: o Conselho Federal e Regionais dos Técnicos Industriais e Técnicos Agrícolas;

12.  Que o artigo escrito à nove anos não seja motivo de escândalo na nossa caminhada em prol dos técnicos, mas um sinal da constante evolução que fazemos ao longo do tempo até atingirmos a maturidade e o discernimento do caminho correto a seguir.

Solânea, 11 de fevereiro de 2018.

Gustavo José Barbosa
Técnico Agrícola


1 http://sintag-rn.blogspot.com.br/2009/08/atabrasil-de-onde-vem-para-onde-vai.html

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