“Quando eu era criança, falava
como criança, pensava como criança, raciocinava como criança, desde que me
tornei homem, eliminei as coisas de crianças”
Prezados companheiros,
Nos últimos dias tenho sido questionado por algumas lideranças que militam tanto no Movimento dos Técnicos Agrícolas quanto dos Técnicos Industriais, sobre um artigo de minha autoria “ATABRASIL: de onde vêm, para onde vaí” de agosto de 2009 publicado no blog do Sindicato dos Técnicos Agrícolas do Estado do Rio Grande do Norte (SINTARN)1.
Assim, após refletir sobre o que foi
escrito resolvi trazer aos leitores alguns fatos sobre esta contenda:
1. Tão
longo ingressei no mundo do trabalho em abril de 2004 me engajei junto com
outros valorosos colegas agricolinos na refundação da Associação dos Técnicos
Agrícolas do Estado do Rio Grande do Norte (ATARN) e na fundação do Sindicato
dos Técnicos Agrícolas do Estado do Rio Grande do Norte (SINTARN);
2.
Nos primeiros dias de caminhada não
tínhamos contato com a velha guarda que dirigiu a ATARN na década de 1980, mas
um colega da Escola Agrícola de Jundiaí nos recomendou fazer contato com um
técnico agrícola potiguar que estava diretor do Sindicato dos Técnicos
Agrícolas do Paraná (SINTEA-PR);
3.
Ao contatar o SINTEA-PR de imediato nos encaminharam
para conversar com a Federação Nacional dos Técnicos Agrícolas (FENATA) que
logo se interessou pelo nosso projeto e onde permanecemos militando até 2013;
4.
Naqueles anos iniciais militando no
interior da FENATA não sabíamos dos conflitos que existiam desde o início da
década com o Sindicato de nossa categoria profissional no Rio Grande do Sul
(SINTARGS), ou de outros mais antigos como com as instituições em São Paulo e
Minas Gerais que levou-os ao afastamento da Federação;
5.
Em 2005 durante o II Congresso Nacional
dos Técnicos Agrícolas promovido pela FENATA, em Foz do Iguaçu-PR, fiz contato
com alguns colegas do SINTARGS, mas logo um dirigente da FENATA nos solicitou
cessar qualquer tratativa com aqueles agricolinos gaúchos;
6.
No mesmo ano do referido congresso
enquanto dirigente do SINTARN, planejamos algumas parcerias com o Sindicato dos
Técnicos Industriais do Rio Grande do Norte (SINTEC-RN), mas novamente fomos
orientados pela FENATA a romper todas as relações;
7.
Desta forma fomos instruídos ao longo
dos anos que era preciso manter-se longe da Federação Nacional dos Técnicos
Industriais (FENTEC) e da Associação dos Técnicos Agrícolas do Brasil
(ATABRASIL), pois as duas entidades atuavam sempre na órbita do Conselho
Federal de Engenharia e Agronomia e dos Conselhos Regionais de Engenharia e
Agronomia (Sistema CONFEA/CREA);
8.
Neste sentido o artigo de minha autoria
publicado em 2009 segue na esteira de tudo que ouvíamos nos encontros da FENATA
e do respeito que tínhamos por alguns de seus líderes cujas palavras ressoavam
aos nossos ouvidos quase como uma verdade irrefutável;
9.
Hoje penso que a oposição da FENATA aos
projetos empreendidos no parlamento pela ATABRASIL e pela FENTEC, como o do piso salarial e do Conselho
Próprio, não são condenados por eles na essência, mas pelo simples fato da
outrora gloriosa Federação não ter mais protagonismo para atuar em defesa da
categoria;
10. Assim,
fomos de forma lenta e gradual percebendo que as atitudes de alguns líderes da
FENATA não correspondiam as aspirações coletivas, mas eram fruto de algumas
lideranças e seus auxiliares que embora não tenham mais a base junto de si,
continuam atuando com táticas que atrapalham os projetos dos técnicos;
11. Desta
feita desde 2013 rompi com a FENATA e ano seguinte decidimos junto com colegas
de outros Sindicatos que romperam com a Federação nos organizarmos na ATABRASIL, que junto a FENTEC lutam hoje pelo grande anseio dos técnicos: o Conselho Federal e Regionais dos Técnicos Industriais e Técnicos Agrícolas;
12. Que
o artigo escrito à nove anos não seja motivo de escândalo na nossa caminhada
em prol dos técnicos, mas um sinal da constante evolução que fazemos ao longo
do tempo até atingirmos a maturidade e o discernimento do caminho correto a
seguir.
Solânea,
11 de fevereiro de 2018.
Gustavo
José Barbosa
Técnico
Agrícola
1
http://sintag-rn.blogspot.com.br/2009/08/atabrasil-de-onde-vem-para-onde-vai.html
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